Para Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), 2024 será lembrado como um ano de superação, renovação e vitórias marcantes. “Foi um ano promissor para a vela jovem brasileira”, afirma, ao listar as conquistas: o título de Lucas Freitas e Victoria Back no Mundial da Classe 420; Lucas Fonseca, campeão do Mundial da Juventude 2024 na classe Fórmula Kite, além do vice-campeonato mundial de Optimist alcançado por Arthur Back. “Esses resultados demonstram o potencial não só da nossa equipe principal, mas também da vela jovem, que está despontando com força”, ressalta Marco, evidenciando que 2024 marcou um período promissor para o esporte no país.

Marco também refletiu sobre os desafios enfrentados ao longo do ano, onde destacou o curto ciclo olímpico, de apenas três anos, e as demandas logísticas de uma sede distante, em Marselha, na França. “Foi um esforço coletivo, mas conseguimos, com o apoio do Comitê Olímpico Brasileiro, estruturar uma equipe forte. Além disso, trabalhamos para expandir a modalidade, com iniciativas como a formação de instrutores, clínicas técnicas e eventos inclusivos, com foco especial na participação feminina”, explica.

Além dos resultados esportivos, Marco destacou o impacto dos projetos sociais, que estão dentre os destaques do trabalho da CBVela, ao buscar democratizar cada vez mais o esporte, desmistificando a ideia de que a vela é uma prática elitista. “A vela não é um esporte de elite. Ela já foi associada a um público restrito, mas, hoje, basta ser tripulante para praticar – e muitos velejadores recebem para competir. Nosso trabalho tem sido apresentar o esporte para a sociedade, especialmente por meio de projetos como o ‘Velejando para o Futuro’, com o apoio da Shell Brasil, patrocinadora Master da iniciativa por meio dos incentivos fiscais da Lei de Incentivo ao Esporte, o segundo semestre aproximou jovens de todas as origens ao mar e ao universo da vela. Com isso, estamos popularizando a modalidade e mostrando que ela é acessível e cheia de oportunidades”, enfatiza.

Ele menciona outras iniciativas como o Projeto Grael, que há mais de 26 anos transforma vidas ao formar velejadores e profissionais para o setor naval. “Esse é um exemplo de como a persistência e a continuidade trazem resultados não apenas no esporte, mas também no desenvolvimento social e econômico. Projetos como o da Optibra e os trabalhos de clubes como o Iate Clube do Rio de Janeiro mostram que a base bem estruturada é a chave para grandes conquistas”, pontua.

Com o foco no futuro, 2025 promete ser um ano movimentado e repleto de oportunidades para a vela brasileira. O calendário inclui a Copa Brasil de Vela, com etapas em Ilhabela e Fortaleza, além da Copa da Juventude, que acontecerá em Porto Alegre. O Brasil também será palco de competições internacionais de destaque, como a etapa do SailGP no Rio de Janeiro – um dos maiores eventos da vela mundial –, e outra grande novidade ainda a ser anunciada. “Esses eventos são uma oportunidade não só de impulsionar a vela no país, mas também de aproximar o público e valorizar o potencial do Brasil como sede de grandes competições”, celebra.

A tecnologia também está no centro dos investimentos da CBVela. Segundo Marco, soluções inovadoras, como softwares de análise de performance, boias com GPS e embarcações elétricas, estão sendo incorporadas tanto para treinos quanto para a realização de regatas. “Estamos avançando em sustentabilidade e modernização, alinhados às tendências globais, o que fortalece ainda mais nosso esporte”, destaca.

Ao final, Marco deixou uma mensagem inspiradora para toda a comunidade da vela brasileira: “Minha gratidão a todos que trabalham pela vela – velejadores, técnicos, gestores e apoiadores. Cada um é parte essencial dessa construção. Em 2025, continuaremos juntos, transformando a vela em um esporte cada vez mais acessível, inclusivo e popular. A palavra que define o próximo ano é ‘realização’. Vamos transformar projetos e sonhos em realidade.”