Baixe agora o novo e-book "Velas ao Vento, Carbono ao Mínimo"

Written on 05/06/2025


O e-book está disponível para download no final desta publicação.

Quando a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) decidiu inscrever o I Troféu de Vela Feminina (Niterói, 2024) no programa Clean Regattas, da organização Sailors for The Sea e indicado pela política de sustentabilidade da World Sailing para as autoridades nacionais do esporte da vela em todo o mundo, sabíamos que alcançaríamos a certificação em nível Prata. Das 20 ações de sustentabilidade propostas pelo programa, 15 foram realizadas pelas mulheres que organizaram e participaram do inédito Troféu.

O que não sabíamos é que encontraríamos naquele ambiente o início da parceria que tornou possível este estudo. A história é rápida e vale a pena ser registrada porque mostra que os ventos da transformação surgem da colaboração.

Uma das ações propostas pelo guia 2024 do Clean Regattas era a promoção de transporte alternativo, o que não era factível para a CBVela naquele campeonato e então ficaríamos limitadas à divulgação de mensagens de conscientização sobre a importância do tema. 

Para aprofundar a ação pensamos em mensurar a pegada de carbono do Troféu, com foco na emissão de gases do efeito estufa decorrentes do uso de combustíveis fósseis nos deslocamentos das participantes e organizadoras e no uso de embarcações a motor dedicadas à organização das regatas.

Ao consultar as participantes para colher as informações sobre trajetos percorridos e modos de transporte utilizados, muitos diálogos sobre sustentabilidade surgiram. Alguns motivados pela curiosidade, outros como forma de incentivo à iniciativa, vários com sugestões de ações para futuros eventos e todos valiosos.  Em uma das consultas encontramos a professora e velejadora Fátima Priscila Morela Edra. 

Enquanto fazíamos as perguntas para o preenchimento da nossa planilha, a professora nos fazia perguntas sobre o objetivo do trabalho e dessa interação surgiu a ideia de realizarmos uma análise conjunta dos dados coletados para que criássemos um modelo de sondagem a ser aplicado em outras regatas.

Esta publicação é resultado desse encontro em Niterói e nela são apresentadas a análise dos dados e sugestões para o aperfeiçoamento e aplicação do modelo, de forma a permitir que qualquer evento de vela possa realizar o mesmo trabalho e contribuir para o processo de entendimento de uma parte importante do seu impacto ambiental - as emissões de carbono associadas ao consumo de combustíveis fósseis - e para a tomada de decisões gerenciais capazes de evitar, reduzir e compensar esse impacto.

Colocar esse tema na pauta do esporte da vela é especialmente importante no ano em que o Brasil sedia a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.

O esporte em geral e a vela particular têm o poder de lançar luzes sobre temas caros à agenda do desenvolvimento sustentável.

Quando a vela aponta a sua proa para o enfrentamento das mudanças climáticas e se propõe a adotar e apoiar iniciativas para compreender, mensurar, evitar, reduzir e mitigar seus próprios impactos, um forte sinal é enviado à sociedade. Se um esporte completamente integrado à natureza - à água, ao vento e às condições climáticas - se posiciona e age sobre o tema, ele leva seus praticantes, fãs, admiradores e simpatizantes para o mesmo percurso.

Para a Confederação Brasileira de Vela, primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, esta parceria com a Universidade Federal Fluminense representa novas raias de atuação. Precisamos estar ao lado das organizações que pensam e fazem acontecer a transição energética de forma justa, responsável e amparada pela ciência.

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